quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Dados do Degrad (Degradação Florestal na Amazônia Brasileira) estão presos no Governo Federal.
O monitoramento da cobertura florestal da Amazônia é realizado sistematicamente por um conjunto de projetos desenvolvidos e operados pelo INPE, órgão ligado diretamente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Entre esses projetos está o Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira, conhecido como Degrad.
Foto por Leonardo F. Freitas

O Degrad foi desenvolvido pelo INPE por conta da constatação, feita a partir de análises do Prodes e do Deter, de que era crescente a área de florestas que, embora estivessem sofrendo exploração, ainda não haviam sido totalmente convertidas – ou seja, não configuravam corte raso. São florestas que passaram por corte seletivo, em geral feita por exploração madeireira sem manejo sustentável, mas que conservam parte de seu dossel.

Após realizar e divulgar levantamentos para os anos de 2007, 2008, 2009 e 2010, o INPE não divulgou novos resultados desse monitoramento, que são publicados em http://www.obt.inpe.br/degrad/. No entanto, este site apurou que o INPE já tem os dados do mapeamento da degradação da cobertura florestal na Amazônia referentes a 2011, 2012 e 2013.  Cabe ao MCTI e ao Ministério do Meio Ambiente decidir sobre a divulgação pública dos dados do Degrad, assim como dos outros projetos de monitoramento.

Especialistas afirmam que os dados sobre degradação florestal são fundamentais porque o Degrad contribui para revelar a “qualidade” da floresta remanescente, complementando os dados do Prodes, que se dedica exclusivamente a quantificar as áreas que sofreram corte raso. Esse dado é relevante, ainda, para centros especializados, governamentais e não-governamentais, atualizarem as estimativas de emissões de gases de efeito estufa para o país, considerando os compromissos do Brasil com a Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima.


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